terça-feira, 29 de setembro de 2009

Ser Assistente Social



Assistente Social = Técnico Multifunções



Administrativo - Empregado de Limpezas - Explicador - Educador - Jurista - Conselheiro - Técnico de Informática - Carpinteiro - Decorador de Interiores - Ajudante de Cozinha - Cabeleireiro - Electricista - Empregado de Mesa - Esteticista - Manicura - Receptionista - Investigador - Motorista - Contabilista - Telefonista - Relações Públicas - Técnico de Marketing - Canalizador - Desinfestador - Pintor - Costureira - Supervisor - Tradutor - Fotógrafo - Jornalista ................

A caminhar é que se faz o caminho...



Quem no próximo dia 17 de Outubro se encontrar nas proximidades de Louçã, não falte à caminhada pela Serra da Louçã, organizada pela APSS. A receita reverterá para o Fundo do Processo de Constituição da Ordem dos Assistentes Sociais.

Não hesite!

Para mais informações:
Delegação Regional do Centro da A.P.S.S. - apssdrcentro@gmail.com

Ficha de inscrição em http://www.apross.pt/


sábado, 19 de setembro de 2009

A Imagem do Assistente Social I

Se teclarmos as palavras Assistente Social num qualquer motor de busca da Internet, as páginas que aparecerão não serão com certeza elogiosas. Na sua maioria serão críticas ao nosso trabalho, à nossa atitude enquanto profissionais ou então meras descrições analíticas sobre a profissão. Encontrarão escassas páginas com conteúdos teóricos e metodológicos. É necessário ser-se realista: as pessoas não gostam dos Assistentes Sociais. Na imagem geral da população, somos as mulheres (sim, porque ninguém pensa em serviço social no masculino) de salto alto que invadem os lares alheios, tiram os filhos aos pais, fazem perguntas incomodativas e dão dinheiro apenas aos que dele não necessitam. É sem dúvida uma triste realidade.

Mais triste se torna quando nos apercebemos que o respeito nem vem dos utentes/clientes, nem vem dos colegas/outros técnicos. Esta epifania traz consigo outras questões inquietantes: de quem é afinal a culpa? Da sociedade, que não entende o nosso valor? Da cultura em que vivemos, ainda provinciana e assistencialista? Da própria profissão que exige sempre mais, e mais, e mais? Ou serão dos próprios técnicos?


Inclino-me para uma mistura de tudo o acima descrito, mas com um maior ênfase no último. A verdade é que nós, Assistentes Sociais, não temos orgulho na nossa profissão. Em equipas multidisciplinares não nos sentimos tão confiantes como o psicólogo ou o sociólogo. Não achamos o nosso trabalho interessante. Não criamos literatura nem estudos sobre ele, nem defendemos a nossa classe com unhas e dentes. Um exemplo claro disto é a falta de força associativa da classe profissional: existe uma Associação, na qual está inscrita apenas uma pequena percentagem de Assistentes Sociais.




Assim, creio que existe uma necessidade de mudança. Mas a mudança tem de começar primeiro em nós. Nos nossos valores profissionais, na nossa dedicação, na nossa motivação. Na força que devemos ter em nos assumirmos claramente como Assistentes Sociais. Não como técnicos, ou licenciados, ou até técnicos de Serviço Social. Simplesmente como Assistentes Sociais.